“Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum”. Atos 4:32.
Podemos aprender muito com os animais, embora sendo irracionais, quando o assunto é união. Muitos deles para se livrarem de determinadas situações difíceis mostram na prática que a solução é unirem-se.
As zebras das savanas africanas são vulneráveis aos leões que quando se lançam a atacá-las, em lugar de elas fugirem dispersas, elas fogem unidas em bando, pois os leões acabam tendo uma confusão ocular, ou seja, as listras das zebras em movimento conjunto acabam confundindo o predador, o que dá a eles mais chances de sobreviverem.
Outro grupo de animais que sabem muito bem o valor da unidade são os patos selvagens, que quando em viagem de volta de um longo inverno, encontram alguns inimigos no caminho, como o gavião. Ao desferir seu ataque contra os patos na tentativa de garantir seu almoço é surpreendido por uma súbita mudança de direção por parte dos patos deixando atordoado o gavião. Essa ação conjunta garante a sobrevivência de todos.
Já alguns peixes, como as sardinhas, para se protegerem de tubarões se unem em forme de cardume no fundo do mar ao perceberem a presença do inimigo, e desse modo são facilmente confundidos como sendo um único peixe grande.
Entre os animais da terra, do ar e do mar o fator que garante a proteção e sobrevivência da espécie é sem dúvida a união. O texto bíblico nos mostrou uma união na igreja apostólica que pouco vemos hoje em dia. Eles tinham um mesmo coração e uma mesma alma, isto é, possuíam um só propósito e um só pensamento. Penso que alguns deles antes não se suportavam, mas que depois de se entregarem completamente a ação do Espírito Santo, tiveram suas capacidades de se suportarem e se amarem aumentadas a ponto de considerarem sua posses como pertencendo a todos, sem que houvesse necessariamente um único dono, o que implica em dizer que eles antes de se unirem venceram o egoísmo.
Hoje nós temos as nossas diferenças. Somos diferentes na forma de pensar, de agir, diferentes em personalidade, etc. Entretanto, podemos ser tão unidos quantos os irmãos da igreja apostólica foram. Alguns porcos espinhos que vivem na região do Alasca, EUA, para sobreviverem no período mais rigoroso do inverno só encontram uma solução: estarem o mais próximo um do outro. Contudo, eles tem um outro problema nessa aproximação: os espinhos. Quanto mais se aproximam, maior o risco de se espetarem; por outro lado se se mantêm distantes, morrem de frio. Alguns se desgarram e morrem em pouco tempo. Só sobrevivem os que se mantêm bem juntinhos. Nós também temos nosso espinhos que vez por outra ferimos a quem amamos. Todavia, precisamos uns dos outros para sobrevivermos em nossa vida espiritual. O correto é, mesmo com nosso problemas, estarmos o mais próximos uns dos outros, tendo um só coração e uma só alma, não considerando nada exclusivamente seu e “considerando os outros superiores a si mesmo” (Fl 2:3). Esse é o desejo de Jesus para mim e para você.